Monsanto perde processo criminal contra movimentos sociais

transgenicosA transnacional entrou com processo criminal contra integrantes de organizações e movimentos sociais em 2005. A decisão do TJ demonstra o reconhecimento da legitimidade dos sujeitos coletivos de direitos em meio ao processo de democratização da sociedade brasileira.

A transnacional Monsanto está em mais de 80 países, com domínio de aproximadamente 80% do mercado mundial de sementes transgênicas e de agrotóxicos. Em diferentes continentes, a empresa acumula acusações por violações de direitos, por omissão de informações sobre o processo de produção de venenos, cobrança indevida de royalties, e imposição de um modelo de agricultura baseada na monocultura, na degradação ambiental e na utilização de agrotóxicos.

No Brasil, a invasão das sementes geneticamente modificadas teve início há uma década, com muita resistência de movimentos sociais, pesquisadores e organizações da sociedade civil. No Paraná, a empresa Monsanto usou a via da criminalização de militantes como forma de responder aos que se opunham aos transgênicos.

Na última quinta-feira (23), desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) absolveram por unanimidade cinco militantes acusados injustamente pela Monsanto de serem mentores e autores de supostos crimes ocorridos em 2003. A transnacional entrou como assistente de acusação na ação criminal em resposta à manifestação de 600 participantes da 2ª Jornada de Agroecologia, na estação experimental da empresa, em Ponta Grossa, para denunciar e protestar contra a entrada das sementes transgênicas no estado e as pesquisas ilegais e outros crimes ambientais praticados pela empresa.

Foram acusados Célio Leandro Rodrigues e Roberto Baggio, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, José Maria Tardim, à época integrante da AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, Darci Frigo, da Terra de Direitos, e Joaquim Eduardo Madruga (Joka), fotógrafo ligado aos movimentos sociais. Em claro sinal de criminalização, a transnacional atribuiu à manifestação, feita por mais de 600 pessoas, como responsabilidade de apenas cinco pessoas, usando como argumento a relação genérica dos acusados com os movimentos sociais.

Em sentido contrário, a decisão do TJ demonstra o reconhecimento da legitimidade dos sujeitos coletivos de direitos na sociedade brasileira. Segundo José Maria Tardim, coordenador da Escola Latina Americana de Agroecologia e da Jornada de Agroecologia do Paraná, o ato na sede da Monsanto em 2003 e posterior ocupação permanente da área chamaram a atenção em âmbito nacional e internacional para a ilegalidade das pesquisas com transgênicos.

Nos anos seguintes às denúncias, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e equipe técnica ligada ao governo do estado realizaram vistorias detalhadas nos procedimentos da transnacional. Foram confirmadas ilegalidades que violavam a legislação de biossegurança vigente.

A área ficou ocupada por trabalhadores sem terra durante aproximadamente um ano. Neste período, os camponeses organizaram o Centro Chico Mendes de Agroecologia e cultivaram sementes crioulas. Para Tardim, a agroecologia é o “caminho da reconstrução ecológica da agricultura, combatendo politicamente o modelo do agronegócio e do latifúndio”.

Monsanto_Por Latuff

Charge: Latuff

Criminalização

A denúncia da Monsanto se fundamentou apenas em matérias jornalísticas, sem qualquer outra prova. Assim com outras ações judiciais que utilizam a mesma lógica, o processo está baseado na criminalização de integrantes de movimentos sociais em situações de manifestação.

A empresa participou como assistente privada no processo, o que ocorre excepcionalmente em processos criminais, já que o Ministério Público entrou como titular. “Esse caso apresenta um sério risco com as grandes empresas começaram a tomar o papel do Estado. Elas desequilibram a situação pelo peso econômico e político que exercem sobre os agentes públicos”, avalia Darci Frigo, coordenador da Terra de Direitos, considerando também a influência da Monsanto sobre o parlamento para a aprovação de legislações no Brasil.

Os trabalhadores foram defendidos pela Terra de Direitos, com apoio do professor Juarez Cirino dos Santos. O Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos se pronunciou ao longo do processo contra a criminalização dos militantes. Do outro lado, a Monsanto contratou o escritório do Professor René Dotti para fazer a acusação.

Mundo contra a Monsanto

Mais de 50 países aderiram à “Marcha contra Monsanto” no último sábado (25), em protesto contra a manipulação genética e a monopólio da multinacional na agricultura e biotecnologia. A campanha contra a empresa teve como estopim o suicídio de agricultores indianos, que se endividam após serem forçados pelo mercado a ingressar na lógica de produção do agronegócio, tornando-se, anos mais tarde, reféns das sementes geneticamente modificas, agrotóxicos e outros insumos vinculados a esta lógica produtiva.

Com sede no estado de Missouri (EUA), a Monsanto desponta como líder no mercado de sementes e é denunciada nesta marcha por não levar em consideração os custos sociais e ambientais associados a sua atuação, além de ser acusada de biopirataria e manipulação de dados científicos em favor dos transgênicos.

A empresa é líder mundial na produção de agrotóxico glifosato, vendido sob a marca Roundup. O Brasil é o segundo maior consumidor dos produtos da Companhia, ficando atrás apenas da matriz americana. O lucro da filial brasileira em 2012 foi de R$3,4 bilhões.

Syngenta

No Paraná, a  transnacional Syngenta também foi denunciada pelos movimentos sociais por realizar experiências e plantio ilegal de transgênicos no município de Santa Tereza do Oeste, na área de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu. Durante a ocupação da área, seguranças contratados pela empresa assassinaram um trabalhador rural sem terra. Seis anos depois, o caso segue impune.

O IBAMA impôs multa de um milhão de reais à empresa pela realização de experimentos ilegais com transgênicos na área, porém, o valor não foi pago até hoje. A luta dos movimentos sociais resultou na desapropriação da área para a criação do Centro de Agroecologia, que leva o nome do militante assassinado, Valmir Mota de Oliveira, conhecido como Keno.

>> Clique aqui para assistir o filme “O Mundo Segundo a Monsanto”, produzido pela francesa Marie-Monique Robin. O documentário foi lançado em 2008 e denuncia a gigante dos transgênicos.

Fonte:http://terradedireitos.org.br/biblioteca/casos-emblematicos/monsanto-perde-processo-criminal-contra-movimentos-sociais/

 

Dirigente do MST é executado por pistoleiros com 15 tiros na Bahia

2 de abril de 2013

Da Página do MST

Na manhã desta terça (02/4), Fábio dos Santos Silva, dirigente do MST na Bahia, foi brutalmente executado por pistoleiros com 15 tiros, na frente de sua mulher e de uma criança. O dirigente já vinha sendo ameaçado de morte na região de Iguaí. As informações são do deputado Valmir Assunção (PT-BA):

“É com revolta e ainda bastante abalado que denuncio o assassinato do dirigente do MST da Bahia, Fábio dos Santos Silva. Fábio foi executado no fim desta manhã com 15 tiros na frente da sua companheira e uma criança, que seguiam de carro para Palmerinha, distrito próximo a Iguaí, no Sudoeste baiano.

Segundo relato da própria companheira de Fábio, uma moto interceptou o carro em que estavam e executaram Fábio. Ele, que já era ameaçado de morte na região de Iguaí, onde o latifúndio não aceita a democratização da terra…

Ver o post original 185 mais palavras

III Encontro Regional da Agroecologia da região Sul será realizado em Erechim

 

Por Yan Cleiton Bergozza (Agronomia/Erechim)

No 55º CONEA (Congresso Nacional dos Estudantes de Agronomia do Brasil) – realizado em agosto/2012, em Cruz das Almas/BA -, foi deliberado aos estudantes de Agronomia da UFFS/Erechim, que fazem parte da FEAB (Federação Nacional dos Estudantes de Agronomia do Brasil), a organização do III Encontro Regional de Agroecologia da região Sul do Brasil (ERA-SUL) para o ano de 2013.

Por isso, no primeiro fim de semana do mês de dezembro (dias 1 e 2), o CETRE (Centro de Treinamento de Agricultores de Erechim) foi espaço físico para o acontecimento do Seminário Externo de Construção do III ERA-SUL.

Seminário Externo para a construção do III ERA-Sul. Foto de Yan C. Bergozza
No primeiro dia, foram feitos os repasses das escolas presentes, que é um espaço comum nos encontros para situar cada estudante em todas as atividades que estão sendo executadas na região. Também foi…

Ver o post original 245 mais palavras

14 de março: Dia Internacional de Lutas contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida!

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realiza nesta semana ações em diversos estados para demarcar o Dia internacional de lutas contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida, celebrado no dia 14 de março. Esta data foi definida em 1997, quando o Brasil sediou o 1º Encontro Internacional dos Atingidos por Barragens e, desde então, populações atingidas por barragens do mundo inteiro denunciam o modelo energético que, historicamente, tem causado graves consequências sociais, econômicas, culturais e ambientais.

Panfleto do 14 de março: http://www.mabnacional.org.br/publicacao/panfleto-14-mar-2013

Acompanhem as notícias das mobilizações: http://www.mabnacional.org.br/category/tema/14-mar

ÁGUAS PARA A VIDA, NÃO PARA A MORTE!

 

ÁGUA E ENERGIA NÃO SÃO MERCADORIAS!

Ver o post original

Olha nós no…

e no…

Paraibanês

Paraibano não fica solteiro... ele fica solto na bagaceira!
Paraibano não vai com sede ao pote... ele vai com a bixiga taboca!
Paraibano não vai embora... ele vai pegá o beco!
Paraibano não diz 'concordo com vc' ... ele diz 'Né isso, homi!!!!'
Paraibano não conserta... ele Imenda!
Paraibano não bate... ele 'senta-le'a mãozada!
Paraibano não sai pra confusão... ele sai pro 'muído'!
Paraibano não bebe um drink... ele toma uma!
Paraibano não é sortudo... ele é cagado!
Paraibano não corre... ele dá uma carrera!
Paraibano não brinca... ele manga!
não toma água com açúcar... ele toma garapa!
não engana... ele dá um migué!
não percebe... ele dá fé
não vigia as coisas... ele pastora!
não sai apressado... ele sai desembestado!
não aperta... ele arroxa!
não usa zíper... usa 'riri'!
não dá volta... ele arrudêia!
não espera um minuto... ele espera um pedaço!
não é distraído... ele é avoado!
não fica encabulado... ele fica todo errado!
não passa a roupa... ele engoma a roupa!
não ouve barulho... ele ouve zuada!
não rega as plantas... ele 'agoa' as plantas
não é esperto... ele é desenrolado!
não é rico... ele é estribado!
não é homem... ele é macho !
não diz tu ouviste? , ele diz vice?
não diz vamos embora ele diz bora!
não grita de espanto ele diz oxe!
não se impressiona, só diz vôte!
não diz não, diz nã!

Ô orgulho réi besta!!!

Clique no símbolo e veja mais fotos do Movimento