Universidade em Assentamento

O assentamento Oito de Junho, em Laranjeiras do Sul (PR), será o primeiro do país a sediar uma universidade federal. As obras do campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) começaram no dia 2 de maio de 2011. As aulas para os 500 estudantes iniciam em 2012 em cinco áreas do conhecimento voltadas à vocação econômica da região: Agronomia com ênfase em Agroecologia, Desenvolvimento Rural e Gestão Agroindustrial, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Aquicultura e Licenciatura em Educação do Campo.
Leia mais em: ADJORI-SC

MST mostra o que a Veja é

Como VEJA está depredando o jornalismo e a verdade

Fonte: Conversa Afiada em 12 de janeiro de 2010

NOTA DO MST-PA SOBRE REPORTAGEM DA REVISTA VEJA

1-O MST do Pará esclarece que não tem nenhuma fazenda ocupada no município de Tailândia, como afirma a reportagem da Revista Veja “Predadores da floresta” nesta semana. Não temos nenhuma relação com as atividades nessa área. A Veja continua usando seus tradicionais métodos de mentir e repetir mentiras contra os movimentos sociais para desmoralizá-los, como lhes ensinou seu mestre Joseph Goebbels. A reportagem optou por atacar mais uma vez o MST e abriu mão de informar que o nosso movimento não tem base social nesse município, dando mais um exemplo de falta de respeito aos seus leitores.

2-A área mencionada pela reportagem está em uma das regiões onde mais se desmata no Pará, com um índice elevado de destruição de floresta por causa da expansão do latifúndio e de madeireiras. Em 2007, a região de Tailândia sofreu uma intervenção da Operação Arco de Fogo, da Polícia Federal, e latifundiários e donos de serrarias foram multados pelo desmatamento. Os madeireiros e as empresas guseiras estimulam o desmatamento para produzir o carvão vegetal para as siderúrgicas, que exportam a sua produção. Por que a Veja não denuncia essas empresas?

3-Na nossa proposta e prática de Reforma Agrária e de organização das famílias assentadas, defendemos a recuperação das áreas degradas e a suspensão dos projetos de colonização na Amazônia. Defendemos o “Desmatamento Zero” e a desapropriação de latifúndios desmatados para transformá-los em áreas de produção de alimentos para as populações das cidades próximas. Também defendemos a proibição da venda de áreas na Amazônia para bancos e empresas transnacionais, que ameaçam a floresta com a sua expansão predatória (como fazem o Banco Opportunity, a Cargill e a Alcoa, entre outras empresas).

4-A Veja tem a única missão de atacar sistematicamente o MST e a organização dos camponeses da Amazônia, para esconder e defender os privilégios dos verdadeiros saqueadores das riquezas naturais. Os que desmatam as florestas para o plantio de soja, eucalipto e para a pecuária extensiva no Pará não são os sem-terra. Esse tipo de exploração é uma necessidade do modelo econômico agroexportador implementado no Estado, a partir da espoliação e apropriação dos recursos naturais, baseado no latifúndio, nas madeireiras, no projeto de exportação mineral e no agronegócio.

5-Por último, gostaríamos de comunicar à sociedade brasileira que estamos construindo o primeiro assentamento Agroflorestal, com 120 famílias nos municípios de Pacajá, Breu Branco e Tucuruí, no sudeste do Estado, em uma área de 5200 hectares de floresta. Nessa área, extraímos de forma auto-sustentável e garantimos renda da floresta para os trabalhadores rurais, que estão organizados de maneira a conservar a floresta e o desenvolvimento do assentamento.

 

DIREÇÃO ESTADUAL DO MST DO PARÁ

Marabá, 12 de janeiro de 2010

A ofensiva desmedida contra os movimentos sociais em luta continua…

Texto publicado pela Folha de São Paulo:
REFORMA IMAGINÁRIA
Ações violentas do MST são tática de desespero de grupo decadente para manter vivo o mito da revolução agrária no país

QUEM SE dispuser a ouvir o líder vitalício do MST, João Pedro Stédile, cedo perceberá que ele pontifica sobre um país que só existe em seus sonhos arcaicos de revolução agrária. Hoje 81% dos brasileiros vivem em cidades, a democracia vigora há um quarto de século e o país se destaca como potência agroindustrial. O MST, contudo, almeja reverter a modernização com atos violentos e insensatos.
A decadência do movimento foi exposta com rara acuidade analítica em artigo de Zander Navarro nesta Folha. O sociólogo estuda o MST desde sua fundação, em 1984, quando ainda estava restrito à região Sul e expressava uma demanda real por terras para pequenos agricultores. É instrutivo reconstituir os passos de juízo devastador de Navarro sobre a organização.
O MST, assinala, deixou de ser um movimento social. Perdeu a espontaneidade característica e burocratizou-se, perpetuando uma liderança que se aferra ao esclerosado leninismo. Poderia ter optado por tornar-se uma poderosa central sindical do campo após a triunfante Marcha sobre Brasília de 1997, mas refugiou-se numa semiclandestinidade de resultados, em tudo dependente de fundos estatais.
Sua base social desapareceu, ou está em vias de fazê-lo. Quando muito, sobrevive em alguns bolsões de atraso, mas nada que justifique um bilionário programa nacional de reforma agrária. As nefandas “ações” do MST contam apenas com a mobilização compulsória dos próprios assentados e o apoio de guetos esquerdistas retrógrados.
Para contrabalançar a falta de legitimidade e de quadros, o grupo se esfalfa para aparentar tamanho perturbador -“o maior movimento social do planeta”- com recurso a invasões ruidosas. Não contentes em decidir arbitrariamente quem é produtivo e quem não é, atropelando aliados na
burocracia agrária, líderes do MST deram para menosprezar a Justiça. Mandam invadir e depredar propriedades que, segundo seu arbítrio, ocupam terras públicas griladas.
Assim ocorreu com uma fazenda da empresa Cutrale, no interior paulista, quando os sem-terra destruíram milhares de pés de laranja. Diante da justa grita contra a barbárie, o MST responde com a cínica acusação de que se busca criminalizar a questão agrária. Ora, a ilicitude dos atos é flagrante; não fosse a tolerância política com o MST, seus líderes estariam atrás de grades.
Há, no entanto, quem considere o MST pouco radical. É o caso de Plínio de Arruda Sampaio, militante do PSOL de quem a Folha editou artigo na mesma data. A destruição de 7.000 pés de laranja da Cutrale, para ele, foi um erro: “Deviam ter destruído 70 mil (…) a fim de chamar mais a atenção para o fato de que essa fazenda ocupa ilegalmente terras públicas com a c
onivência do Poder Judiciário”.
Tamanho desprezo pelo Estado de Direito resvala do delírio pueril para o pesadelo de reviver o passado a qualquer custo. Está na hora de o MST crescer e desaparecer.

Esqueceram o grilo da Laranja!

Uma multinacional usar uma área pública para a monocultura de exportação é normal, mas famílias sem-terra derrubando parte da plantação de laranja para plantar alimentos é um escândalo e provoca comoção hipócrita.

Em setembro imagens exibidas na Rede Globo marcam um novo passo na criminalização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na TV, carcaças de tratores e peças desmontadas eram exibidas como provas e as cenas mostravam um trator derrubando tudo o que havia pela frente. Cerca de 250 famílias do MST ocuparam pela 3ª vez uma área de 2,7 mil ha da fazenda Capim, em Iaras – SP, onde o MST está presente desde 2005; utilizada ilegalmente pela multinacional Sucocítrico Cutrale para a monocultura de laranja. A mobilização era para que o governo federal agilizasse a retomada das áreas griladas (pertencentes a União) e efetuasse o assentamento das famílias acampadas na região. No entanto, depois da divulgação das imagens acelerou o processo de reintegração de posse no dia 7, e as famílias foram obrigadas a se retirar, sob forte esquema policial.

A área da fazenda faz parte do Núcleo Monções, um complexo de 30 mil ha divididos em várias fazendas e de posse legal da União. É nessa região que estão localizadas cerca de 10 mil ha de terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas, além de 15 mil ha de terras improdutivas.

A Cutrale, que controla 30% de todo suco de laranja no mundo, instalou-se lá há 4 ou 5 anos, sabendo que as terras eram griladas e com claro interesse na regularização das terras a seu favor. Para tanto, como forma de legitimar a grilagem, plantou o laranjal. Como forma de denúncia, as famílias derrubaram uma pequena parte da plantação da enorme área dedicada a monocultura, cerca de 3 mil pés de laranja; seriam 2 ha, em uma área total de 3 mil ha; para no lugar dar lugar ao plantio de alimentos. Além desta denúncia, a empresa está sendo investigada pelo Ministério Público de São Paulo pela formação de cartel no ramo da produção de sucos.

No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos. Dessa maneira, mais uma vez a mídia hegemônica omite e distorce informações que ajudariam os brasileiros a formarem opinião sobre a necessidade urgente de uma reforma agrária que fortaleça a agricultura familiar.

As imagens mostram tratores e peças que já estavam abandonadas e desmontadas antes das famílias chegarem lá. E quanto às acusações de roubarem combustíveis e venenos, como seria possível as famílias furtarem 15 mil litros de combustíveis e toneladas de veneno sendo escoltadas pela PM e transportadas em cima de uma carroceria de caminhão? Se esses atos tivessem ocorrido, a polícia teria registrado as imagens, tal como captou as do laranjal.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), já teria se manifestado em relação ao conhecimento de que as terras são realmente da União. E o “companheiro” Lula, chamou de “vandalismo” a ação dos militantes na da Cutrale. “Todo mundo sabe que sou defensor das lutas sociais. Agora, entre uma manifestação reivindicando alguma coisa e aquela cena de vandalismo na televisão, obviamente que não posso concordar com aquilo.”, declarou em entrevista no Itamaraty. E ainda completa: “Todo mundo no Brasil já aprendeu que este país tem lei, tem Constituição”. Bem, a Constituição de 1988 nesse caso é que não foi cumprida, senhor presidente!

João Stedile, líder do MST, afirma que o movimento não perdeu o foco, condena todo o tipo de “vandalismo” e que o presidente está “mal informado” por ter classificado de “vandalismo” a ação do movimento. “Nós também condenamos o vandalismo. Usar 713 milhões de litros de venenos agrícolas por ano, que degradam o meio ambiente, também é vandalismo”. E completa: “Cerca de 98% da produção de suco no pais é exportada. Esse suco não vai para a mesa dos pobres, com ou sem Bolsa Família. Já o nosso modelo para a agricultura brasileira quer assegurar produção de alimentos, geração de emprego e renda no meio rural. Queremos produzir comida e, inclusive, suco de laranja para chegar à mesa de todo o povo brasileiro. Não para o mercado externo.”

Recente abriu-se uma Comissão Parlamentar de Inquérito  (CPI) com base em premissas falsas divulgadas em veículos de comunicação vinculados ao agronegócio. Os representantes do agronegócio e a bancada ruralista precisavam de algum argumento que justificasse mais uma tentativa de instalação de uma nova CPI contra o MST. Com isso, a verdadeira intenção, é inviabilizar a atuação de um movimento social que há 25 anos luta pela terra no Brasil.

Infelizmente esses acontecimentos demonstram que os quatro poderes (executivo, legislativo, judiciário e a mídia) revelam a face elitista e reacionária dessas instituições, colocando a opinião pública contra os movimentos sociais do campo mais uma vez. Agora já não é possível considerar como aliado quem lhe chama de bandido. O governo já escolheu seu lado: o dos latifundiários e multinacionais. Para garantir o papel de exportador, o presidente abandona a reforma agrária e o meio ambiente. Restam transgênicos, desertos verdes de eucalipto e a monocultura que abastece os países imperialistas de suco. Tudo o mais é miragem.

>>>> Esse texto foi uma mescla feita pelo companheiro Ewerton Torres entre os seguintes autores, textos e fontes: Diego Cruz (Opinião Socialista); Eduardo Scolese (Folha Online); Cutrale usa terras griladas em São Paulo (site do MST); Esclarecimentos Sobre Últimos Episódios Veiculados Pela Mídia – Direção Nacional Do MST (Direção Estadual MST/SP); Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio solidário com o MST; Texto sobre a opinião de Lula (Tânia Monteiro); As Laranjas e o Show (Gilmar Mauro); Luís Brasilino e Renato Godoy de Toledo (Brasil de Fato)

Opine no site ou  twitter do MST

Olha nós no…

e no…

Paraibanês

Paraibano não fica solteiro... ele fica solto na bagaceira!
Paraibano não vai com sede ao pote... ele vai com a bixiga taboca!
Paraibano não vai embora... ele vai pegá o beco!
Paraibano não diz 'concordo com vc' ... ele diz 'Né isso, homi!!!!'
Paraibano não conserta... ele Imenda!
Paraibano não bate... ele 'senta-le'a mãozada!
Paraibano não sai pra confusão... ele sai pro 'muído'!
Paraibano não bebe um drink... ele toma uma!
Paraibano não é sortudo... ele é cagado!
Paraibano não corre... ele dá uma carrera!
Paraibano não brinca... ele manga!
não toma água com açúcar... ele toma garapa!
não engana... ele dá um migué!
não percebe... ele dá fé
não vigia as coisas... ele pastora!
não sai apressado... ele sai desembestado!
não aperta... ele arroxa!
não usa zíper... usa 'riri'!
não dá volta... ele arrudêia!
não espera um minuto... ele espera um pedaço!
não é distraído... ele é avoado!
não fica encabulado... ele fica todo errado!
não passa a roupa... ele engoma a roupa!
não ouve barulho... ele ouve zuada!
não rega as plantas... ele 'agoa' as plantas
não é esperto... ele é desenrolado!
não é rico... ele é estribado!
não é homem... ele é macho !
não diz tu ouviste? , ele diz vice?
não diz vamos embora ele diz bora!
não grita de espanto ele diz oxe!
não se impressiona, só diz vôte!
não diz não, diz nã!

Ô orgulho réi besta!!!

Clique no símbolo e veja mais fotos do Movimento